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Archive for the ‘Psicologia’ Category

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Já me recomendaram que começar um texto citando Hegel (Georg Wilhelm Friedrich, século dezenove, alemão, muito alemão) serve dois propósitos:

criar no leitor uma expectativa de profundidade ou espantá-lo logo nas primeiras linhas, pois quem tem tempo para o Hegel hoje em dia? A você que continua a ler devo avisar que a tal profundidade não virá. Recorro a Hegel, ou à coruja do Hegel, para fins estritamente superficiais.

Hegel certa vez comparou a filosofia com a coruja da deusa Minerva, que carrega toda a sabedoria do mundo mas só voa ao anoitecer, quando não há mais luz para aproveitá-la. O que Hegel quis dizer (eu acho) é que qualquer período histórico só pode ser compreendido quando está no fim, e que a filosofia sempre chega tarde para explicá-lo. No fundo estava denegrindo o seu ofício. Ninguém tratou de interpretar a História com mais densidade do que Hegel mas no fim todas as suas teses e todo o seu palavrório não passavam do vôo tardio de uma coruja inútil, no seu próprio conceito.

Quando aquele outro alemão denso, o Marx, escreveu que os filósofos não podiam mais se contentar em interpretar o mundo e deveriam tentar mudá-lo, estava, sem citá-la, reivindicando um vôo mais conseqüente da coruja e um aproveitamento mais prático da sua sabedoria. O que Marx propunha era que a coruja, voando mais cedo, vencesse o vasto abismo que separava a filosofia da política. Um abismo que não começara com Hegel mas existia desde que Platão, desgostoso com a execução de Sócrates, renunciara à atividade política. Marx recrutava a coruja para a sua revolução. Se todo o marxismo pode ser visto, algo simplistamente, como uma crítica de Marx a Hegel, o que mais diferenciava os dois era sua opinião sobre os usos da filosofia, ou sobre a relevância da coruja e suas explicações.

No fim o que Hegel diz com sua metáfora é o óbvio, que a gente vive para frente mas compreende para trás, e que nenhuma filosofia ajuda a percorrer o caminho já percorrido. Na sua crítica Marx sustenta que o caminho percorrido nos mostra para onde ir e que a filosofia é que diz isso para a História. Por mais atrasada que chegue a coruja.

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/05/28/a-coruja-do-hegel-190375.asp

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Sua conversação dirá das diretrizes que você escolheu na vida.

Suas decisões, nas horas graves, identificam a posição real de seu espírito.

Seus gestos, na luta comum, falam de seu clima interior.

Seus impulsos definem a zona mental em que você prefere movimentar-se.

Seus pensamentos revelam suas companhias espirituais.

Suas leituras definem os seus sentimentos.

Seu trato pessoal com os outros esclarece até que ponto você tem progredido.

Suas solicitações lançam luz sobre os seus objetivos.

Suas opiniões revelam o verdadeiro lugar que você ocupa no mundo.

Seus dias são marcas no caminho evolutivo. Não se esqueça de que compactas assembléias de companheiros encarnados e desencarnados conhecem-lhe a personalidade e seguem-lhe a trajetória pelos sinais que você está fazendo.

Francisco Cândido Xavier –  André Luiz

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Expectativa Frustrada

Quão melhor é apercebermo-nos de que as origens da ira são insignificantes e inofensivas! O que tu vês acontecer junto dos animais, também encontrarás nos homens: vivemos perturbados por coisas frívolas e vãs. O vermelho excita o touro, a áspide ergue-se perante uma sombra, um pano atiça um urso ou um leão: todos os seres da natureza ferozes e selvagens se assustam com coisas vãs. O mesmo acontece com os espíritos inquietos e insensatos: são vencidos pelas aparências; é por isso que consideram ofensiva uma gratificação modesta, a causa mais frequente da ira ou, pelo menos, a mais amarga de todas. De fato, iramo-nos com aqueles que nos são mais queridos porque nos deram menos do que esperávamos ou menos do que os outros obtiveram; para qualquer um dos casos, há um remédio. Ele deu mais a outro homem: contentemo-nos com a nossa parte, sem fazermos comparações: nunca será feliz aquele que atormenta quem é mais feliz que ele. Recebi menos do que esperava: talvez esperasse mais do que me era devido. Este capricho é um dos mais temíveis, pois dele nascem as iras mais perniciosas e mais capazes de atentar contra as coisas mais sagradas.

Sêneca, in ‘Da Ira’

Ira Induzida

O melhor remédio para a ira é fazer uma pausa. Pede-a não para perdoares, mas para refletires: os primeiros impulsos da ira são os mais graves; ela desaparece se tiver que esperar. Não tentes afastá-la por inteiro: conseguirás vencê-la por completo se a arrancares por partes.
Entre os atos que nos ofendem, uns são-nos narrados, outros são vistos ou ouvidos por nós mesmos. Não devemos acreditar prontamente naqueles que nos são narrados: muitos homens mentem para enganar, outros tantos mentem porque foram enganados; outros ganham favores com incriminações e inventam uma ofensa para se mostrarem indignados; outro é um homem maldoso e quer destruir amizades sólidas; outro não merece confiança e gosta de observar ao longe e em segurança as desavenças que cria.

Quando tens que emitir um juízo sobre um qualquer assunto, não poderás admitir os fatos sem que deles haja uma testemunha, e a testemunha não tem validade se não houver um juramento; darás a palavra às duas partes, farás um intervalo, não as ouvirás uma vez apenas (a verdade manifesta-se àquele que mais vezes a toma em mãos): e condenas prontamente um amigo? Ficas irado antes de o ouvir, antes de interrogares, antes de permitires-lhe conhecer o acusador ou o crime? De fato, já terás ouvido as duas partes? Aquele que fez a denúncia calar-se-á, se tiver que apresentar provas: «Não é necessário expores-me», dirá ele, «Se revelares o meu nome, negarei tudo; nunca mais te direi nada.» Ao mesmo tempo, ele instiga e furta-se à confrontação e ao debate. Não querer falar senão em segredo é quase o mesmo que nada dizer: o que poderá ser mais perverso do que confiar numa denúncia feita em segredo e irar-se publicamente?

Sêneca, in ‘Da Ira’

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O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.
– Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.
– Ruim – disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
– Beba um pouco dessa água. Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
– Qual é o gosto?
– Bom! disse o rapaz.
– Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
– Não disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
– A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.

Pensamento Zen-Budista

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“A água é submissa, mas tudo conquista. A água extingue o fogo ou, diante de uma provável derrota, escapa como vapor e se refaz. A água carrega a terra macia, ou quando se defronta com rochedos, procura um caminho ao redor. A água corrói o ferro até que ele se desintegra em poeira; satura tanto a atmosfera que leva à morte o vento. A água dá lugar aos obstáculos com aparente humildade, pois nenhuma força pode impedi-la de seguir seu curso traçado para o mar. A água conquista pela submissão; jamais ataca, mas sempre ganha a última batalha.”

(Tao Cheng de Nan Yeo, estudioso taoísta do séc. XI, citado por Blofeld em seu The Wheel of Life)

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“Nada pode saciar os palpites humanos, pois a natureza nos deu a faculdade de tudo desejar, mas não nos deixa senão provar poucas coisas, disto resultando um descontentamento permanente, e um desgosto pelo que possuímos, o que nos faz culpar o presente, louvar o passado e desejar o futuro, ainda que sem razão.”

Niccolo Maquiavel

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